Para Kant o conhecimento consiste na função das estruturas a priori do sujeito cognitivo. O conhecimento humano resulta da operação combinada dos sentidos e do entendimento. Pelos sentidos, os objetos são-nos dados; pelo entendimento, tornam-se pensáveis. A estrutura dos nossos sentidos determina o conteúdo da nossa experiência; a constituição do nosso entendimento determina a sua estrutura. Para Kant, o filósofo tem de estudar quer a sensibilidade, a que chama estética transcendental, quer o entendimento, a que chama de lógica transcendental. No primeiro caso, Kant concede a faculdade da sensibilidade como algo que em si mesmo é um poder passivo para receber representação. Contudo, traça uma distinção entre a matéria e a forma da nossa experiência. A matéria é o que deriva diretamente destas sensações, a forma dada pelo nosso entendimento é o que permite ao caos do que nos aparece tomar uma ordem. No segundo caso o entendimento aparece como a parte mais criativa do espírito. É o entendimento que transforma os objetos da intuição sensível em objetos de pensamento. O entendimento e a sensibilidade são iguais e interdependentes. “Sem a sensibilidade, nenhum objecto nos seria dado; sem o entendimento, nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios; intuições são conceitos são cegas […] O entendimento nada pode intuir, e os sentidos nada podem pensar. Só pela sua reunião se obtém conhecimento” .
QUEM NÃO SABE DE AJUDA! Como pode a voz que vem das casas Ser a da justiça Se os pátios estão desabrigados? Como pode não ser um embusteiro aquele que Ensina os famintos outras coisas Que não a maneira de abolir a fome? Quem não dá o pão ao faminto Quer a violência Quem na canoa não tem Lugar para os que se afogam Não tem compaixão. Quem não sabe de ajuda Que cale. (Bertold Brecht)
sábado, 10 de maio de 2008
Por que a possibilidade do conhecimento deve ser explicada pela contribuição da sensibilidade e do entendimento?
Para Kant o conhecimento consiste na função das estruturas a priori do sujeito cognitivo. O conhecimento humano resulta da operação combinada dos sentidos e do entendimento. Pelos sentidos, os objetos são-nos dados; pelo entendimento, tornam-se pensáveis. A estrutura dos nossos sentidos determina o conteúdo da nossa experiência; a constituição do nosso entendimento determina a sua estrutura. Para Kant, o filósofo tem de estudar quer a sensibilidade, a que chama estética transcendental, quer o entendimento, a que chama de lógica transcendental. No primeiro caso, Kant concede a faculdade da sensibilidade como algo que em si mesmo é um poder passivo para receber representação. Contudo, traça uma distinção entre a matéria e a forma da nossa experiência. A matéria é o que deriva diretamente destas sensações, a forma dada pelo nosso entendimento é o que permite ao caos do que nos aparece tomar uma ordem. No segundo caso o entendimento aparece como a parte mais criativa do espírito. É o entendimento que transforma os objetos da intuição sensível em objetos de pensamento. O entendimento e a sensibilidade são iguais e interdependentes. “Sem a sensibilidade, nenhum objecto nos seria dado; sem o entendimento, nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios; intuições são conceitos são cegas […] O entendimento nada pode intuir, e os sentidos nada podem pensar. Só pela sua reunião se obtém conhecimento” .
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