segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

'Educação' foi destaque na Campus Party Brasil 2011




Além de celebridades do mundo da tecnologia, o evento também mobilizou especialistas para debater os desafios de educar na cultura digital. Confira uma síntese da cobertura realizada por blogueiros-educadores a convite do EducaRede

Participantes da mesa Educação e Cultura Digital: uma combinação necessária, organizada pela Fundação Telefônica e Instituto Vivo

Entre os dias 17 e 23 de janeiro, foi realizado um dos maiores eventos da cultura digital em São Paulo: a Campus Party Brasil 2011. Milhares de geeks lotaram o pavilhão do Centro de Exposições Imigrantes, que recebeu também celebridades como o vice-presidente dos Estados Unidos e Nobel da Paz Al Gore e Tim Berners-Lee, um dos criadores da internet. Eles se apresentaram no segundo dia do evento e enfatizaram, sobretudo, a importância do acesso livre à internet (veja reportagem no Portal do Cenpec).

A senadora Marina Silva foi destaque em encontro com os campuseiros - nome dado aos participantes que acampam no local do evento. Ela falou sobre o uso das mídias sociais durante a sua campanha eleitoral e a importância de uma política que ofereça internet gratuita para população. Em entrevista ao EducaRede, Marina comentou sobre o potencial pedagógico da internet e das redes sociais (ouça podcast).

“Educação” também foi tema de discussão na CP Brasil 2011, incluindo debates e mesas-redondas organizadas pela Fundação Telefônica e Instituto Vivo. Nessas ações, quem brilhou foi um brasileiro de 17 anos, Rene Silva, do jornal Voz da Comunidade. Ele ficou conhecido no final de novembro de 2010 por liderar o grupo de jovens moradores do Morro do Adeus, no Complexo do Alemão, que noticiou pelo Twitter os acontecimentos decorrentes da invasão da polícia em busca de traficantes de drogas.
E ele ainda vai a Paris!

Junto com Rene Silva, Priscila Gonsales, do Programa EducaRede, visitou o Morro do Adeus, no Complexo do Alemão (RJ), e a redação do jornal Voz da Comunidade, editado pelo jovem de 17 anos. Em um interessante relato, Priscila descreve suas impressões sobre o local e conta sobre a rotina e hábitos do repórter comunitário, que deve conhecer Paris ainda este ano, a convite de uma professora de francês do Consulado da França no Rio de Janeiro. Confira.

O estudante falou ao EducaRede sobre a importância que a escola teve para a sua descoberta do universo digital. Ouça o podcast.


Rene participou do Painel Geração interativa: Nada será como antes, no terceiro dia do evento, ao lado de Ivelise Fortim (NPPI-PUC), Volney Faustini (Nativos digitais) e Luciana Cavalini (Grupo Telefônica), com mediação de Priscila Gonsales, coordenadora do Programa EducaRede. O jovem foi apresentado como exemplo positivo dessa nova geração que se forma e é educada no contexto digital (veja os relatos nos blogs EducaRede por Aí, Lousa Digital e Mãe com Filhos), e a escola abriu caminhos para ele se inserir na cultura digital e fazer bom uso de recursos como blog e Twitter (ouça podcast ao lado, no box).

“O que é educar na cultura digital?” foi discutido na mesa-redonda Educação e Cultura Digital: uma combinação necessária, realizada no dia 20 de janeiro, com a participação de Bianca Santana, coordenadora do Projeto Recursos Educacionais Abertos na Casa da Cultura Digital; Priscila Gonsales, que também é representante do Grupo de Estudos Educar na Cultura Digital; Luciano Meira, da Olimpíada de Jogos Digitais e Educação (OjE), e a professora Débora Sebriam, do Centro Educacional Pioneiro.

Mais do que incluir as tecnologias nas aulas, educar na cultura digital, segundo os debatedores, está relacionado a uma mudança nas relações de ensino/aprendizagem e professor/aluno. “Educar na cultura digital equivale a aprender na cultura digital", ressaltou Bianca. E Debora finalizou “Educar na cultura digital é educar para o diálogo” (confira mais nos blogs Educa Já e História Digital).

No dia 21 de janeiro, a mesa "Tecnologia e Cultura: produção, difusão e acesso", também promovida pela Fundação Telefônica e Instituto Vivo, apresentou projetos que utilizam recursos digitais a serviço da produção e difusão de bens culturais. Participaram André Mintz (vencedor do Prêmio Conexões Tecnológicas 2008, voltado a estudantes que trabalham com arte e tecnologia), Kollontai Diniz (Brasiliana USP), Henry Grazinoli (Projeto Tela Brasil) e Gabriel Faria, coordenador da Rede Mocoronga. Gabriel, um jovem de 16 anos, veio de Belterra, no Pará, para contar sua história como monitor de Telecentro e coordenador do projeto de comunicação comunitária envolvendo municípios localizados na Floresta Amazônica (veja entrevista com Gabriel).

Após o debate, Sérgio Mindlin, diretor-presidente da Fundação Telefônica, apresentou o concurso Minha Vida Mudou, lançado durante a CP Brasil 2011 pela Fundação Telefônica, o portal Terra e o Instituto Vivo. Para participar, basta enviar um vídeo, uma foto ou um texto com o tema "Como a tecnologia transformou a sua vida?". O principal critério para seleção das melhores obras é a criativade do autor. Segundo Mindlin, "a ideia é que o concurso proporcione reflexão sobre hábitos associados ao uso da tecnologia, que hoje parecem básicos, mas não faziam parte do dia-a-dia das pessoas há 15 anos" (saiba mais sobre o concurso).

fonte: http://cenpec.org.br/biblioteca/oficinas-de-educacao-integral/arte-e-cultura/apreciar-conhecer-musica

Nenhum comentário: